Levar o Data Center, essa peça de infraestrutura chave de encontros cibernéticos ao tecido urbano para o reconhecimento e debate da sociedade e o entendimento da verdadeira “Nuvem”, transformando-o em um programa articulado com a vivência urbana configura-se o principal objetivo deste trabalho.

Para isso, propõe-se o encontro a outros fenômenos arquitetônicos contemporâneos na figura dos programas dos hackerspaces e um centro de startups, por entender que são programas consoantes ao funcionamento do Data Center, estabelecendo uma espécie de mutualismo. Esses programas poderiam valer-se da infraestrutura do Data Center para seu funcionamento e, entendendo esse conjunto formado de grande potencial transformador, propõe-se a inserção em um bairro periférico da cidade na medida em que agrega alta tecnologia a área em que for inserido.

O complexo edificado se coloca como uma grande nuvem que pousa sobre a cidade e busca com ela dialogar através de pontes pelas quais circulam os diversos fluxos. Pessoas, automóveis, carros, ônibus, BRT, trens, dados, ideias, gigabytes. Essa congestão circulatória que se enovela, se entrelaça e se potencializa define a nuvem edificada como esse ente dialógico cidade <-> tecnologia, propondo uma nova maneira mais participativa, emancipadora e integrada de pensar o futuro tecnológico.