O presente trabalho se propõe a tratar sobre o tema da habitação de interesse social na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e a relação desta proposta com o traçado urbano existente, buscando explorar as diferentes dinâmicas socioespaciais presentes no território e torná-las possíveis ferramentas de projeto. Sugere uma reflexão sobre a disparidade entre índices de densidade populacional ao comparar a Rocinha a bairros elitizados que margeiam a favela, como São Conrado e Gávea. A partir disso, realiza leituras urbanas em duas escalas de análise (denominadas escalas macro e micro), trazendo para o centro da discussão o pedestre (e/ou morador, observador) e a sua relação afetiva com o território. Além disso, busca compreender as experiências recentes de projetos/programas de urbanização que contemplaram iniciativas de implantação de edifícios HIS na Rocinha, identificando não só aspectos positivos e necessários de se absorver, como também as carências e aspectos negativos dos projetos. Dessa forma, o objetivo do trabalho é realizar um projeto urbano com foco em habitação de interesse social que tenha o pedestre-morador-observador como protagonista da intervenção, propondo soluções de traçado urbano e edificação que busquem atender não somente os futuros moradores dos edifícios HIS mas também a comunidade como um todo, principalmente os comerciantes informais que habitam fielmente o recorte escolhido.